Por Larissa Quaresma | CRP 04/51565
A maioria das pessoas evita falar sobre a morte, seja a delas próprias, ou de outras pessoas. A morte tende a ser negada e afastada por grande parte da sociedade, tornando-se um grande tabu, o que muitas vezes torna o sofrimento daqueles que passam por esse processo ainda mais doloroso, pois acabam vivenciando seu luto sozinho e em silêncio.
Os principais sinais e sintomas encontrados no luto são sentimentos de tristeza, raiva, culpa, ansiedade, solidão, anseio pela presença do outro, desamparo, descrença, acompanhado de dificuldades para se alimentar, para dormir, isolamento social, evitação, dentre outros.
A psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross elaborou alguns estágios característicos e importantes para o processo do luto, que são:
• Negação: consiste em uma fase de negação do acontecimento, a pessoa pode ficar em estado de choque e passar a acreditar que houve enganos, assim como não querer falar sobre o assunto.
• Raiva: nessa fase muitas vezes o indivíduo se sente injustiçado e se revolta contra o mundo. A raiva pode se estender a quem o informou sobre a morte, aos médicos, à sua família, à pessoa que morreu, mas também a Deus, e passar a se perguntar: “Por que Deus permitiu que isso acontecesse?”;
• Barganha: essa é a fase que o indivíduo começa a negociar, muitas vezes consigo mesmo e depois com Deus, dizendo por exemplo que será uma pessoa melhor se sair daquela situação. É comum vir o sentimento de culpa e pensamentos do que poderia ter feito diferente;
• Depressão: neste momento a atenção se move para o presente, e a pessoa se retira para um movimento interno de vivência da dor em um nível mais profundo e um certo isolamento. É um passo importante para o processo de cura.
• Aceitação: seria a “última” fase do processo de luto e corresponde à aceitação da realidade de que o ente querido se foi e que esta nova realidade é permanente.
É importante salientar que nem sempre o processo do luto se seguirá nesta ordem, algumas pessoas não passam pelo processo completo e podem ficar estagnadas em uma das fases. Por isso é tão importante a ajuda de um Psicólogo para identificar junto ao paciente a fase em que ele se encontra e ajuda-lo a passar por esse processo.
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