Você já viveu alguma situação em que estava tão nervoso(a) que não conseguiu falar o que tanto
queria para a pessoa amada? Ou outra em que, em um momento de raiva, disse até mais do que
gostaria? E que tal aquelas vivências em que estava tão animado(a) que interrompeu seu parceiro ou
parceira, o que gerou conflitos?
Todos nós, cotidianamente, em maior ou menor grau, vivenciamos esses tipos de situação, já que,
uma vez que humanos, somos seres permeados pelas emoções. Muito se fala sobre elas no senso
comum: no entanto, você sabe de fato o que são essas “emoções”?
Bom, de acordo com um conceito do livro “Ciência Psicológica”, de Michael Gazzaniga, emoções
são respostas imediatas a eventos ambientais ou a pensamentos internos que normalmente
geram mudanças no raciocínio e no comportamento. Elas têm três componentes: um processo
fisiológico, uma resposta comportamental e uma sensação, que, segundo o livro, envolve a
experiência subjetiva da emoção.
Para exemplificar, vamos pensar em uma experiência de uma festa surpresa que um parceiro faz a
você: o evento ambiental de se deparar com essa celebração, ao entrar em casa, interrompe seu
raciocínio (você poderia estar pensando no trabalho, por exemplo) e seu comportamento (como o
comportamento de andar: pode ser que você pare). Além disso, seu coração começa a acelerar
(processo fisiológico), você leva as mãos ao rosto (resposta comportamental) e pensa “essa surpresa
me deixou muito feliz!” (sensação).
No entanto, pode ser que haja momentos que essas emoções não sejam tão positivas assim, como os
citados no início do texto! Imagine no caso da surpresa ter sido realizada em um dia em que você
estava muito estressado(a), ou que você já tivesse conversado com o seu companheiro ou com a sua
companheira sobre não querer uma festa e não gostar de festas: talvez a sua reação não fosse a mesma
nessa situação, certo? Possivelmente, ainda teria o coração acelerado e levaria as mãos ao rosto, mas
pensaria “essa surpresa me deixou muito irritado(a)”.
A partir disso, é provável que as coisas saiam do controle, certo? Pode ser que seja uma daquelas
situações em que você diz “até mais do que gostaria”. E em que acrescenta, na hora do tão importante
“pedido de desculpas”, que “se deixou levar pela própria emoção”. Nesse sentido, apresenta-se um
questionamento muito relevante: é possível controlar as emoções?
É possível controlar as emoções?
E a resposta é… não. Não é possível controlar totalmente as próprias emoções. Afinal, como
poderíamos? São respostas automáticas e envolvem processos fisiológicos que independem do nosso
controle consciente.