Entrevista na TV Record, programa Hoje em Dia.
Geralmente todo começo de ano as pessoas fazem planejamentos das metas para o ano novo. Entretanto, nem sempre avaliam a viabilidade delas. Quando as metas são fáceis, rapidamente conseguimos cumpri-las o que nos gera satisfação. As metas difíceis demandam mais dedicação, persistência e organização. O não cumprimento das metas detectado no balanço de fim de ano, associado à nostalgia gerada pela proximidade das festas pode acarretar uma tristeza gerada pelas idéias de fracasso, abandono, incapacidade……. Neste momento, reconhecer os nossos méritos mesmo que não tenhamos conseguido cumprir TODAS as nossas propostas ajuda na superação das dificuldades. Colecionar fracassos não colabora para a prevenção destes, muito pelo contrário, enraíza a nossa sensação de ausência de recursos para o enfrentamento de problemas, o que acaba por gerar um ciclo vicioso de pensamentos negativos. Muitas vezes isso que chamamos fracasso pode ser somente o efeito de uma expectativa irrealista para determinada meta. Mas como identificar o que seria realista ou não? Metas realistas são metas viáveis, aquelas que sabemos que temos condições de cumprir. Metas que envolvem terceiros não são realistas, pois dependem de outros, e portanto tornam-se incontroláveis.
Ter ciência da nossa limitação reconhecendo a impossibilidade de perfeição possibilita a valorização de outras conquistas e nos torna mais flexíveis. Essa flexibilidade cognitiva nos direciona ao otimismo realista que nos impulsiona a seguir vivendo de forma mais assertiva.
Que tal flexibilizar só por hoje e criar metas novas e viáveis para 2011? Que tal pensar nos momentos bons que passamos com as pessoas que já não estão mais entre nós, ao invés de ficarmos nos lamentando ou perguntando porque elas não estão mais aqui? Que tal pensarmos que só tivemos um ano ruim, mas que o próximo será melhor?
Quem se propuzer a fazer isso me conte no fim do ano quais foram os resultados.