Muitas pessoas pensam que a psicoterapia infantil não funciona, ou que é simplesmente para a criança ir brincar e ter um espaço para espairecer. A verdade é que, com uma lista de metas, conduta pré-definida e orientação de pais, as chances de sucesso aumentam muito. 

  • Quando procurar por psicoterapia para o seu filho?

 

Se você é mãe ou pai de uma criança ou adolescente, pode ser que já tenha se perguntado: “Será que meu filho precisa de terapia?”. Mudanças de humor e de comportamento, dificuldades de socialização e de aprendizado, eventos marcantes,  perdas… vários podem ser os motivos que levam pais a considerarem buscar esse tipo de suporte. 

 

De fato, uma intervenção pode ser bem vinda, especialmente quando os cuidadores já tentaram contornar o problema de diversas formas sem obter sucesso e estão observando que ele está se agravando ou se alastrando para várias áreas da vida da criança ou adolescente. 

 

  • O que considerar na hora de escolher um psicólogo para o seu filho? 

 

No entanto, não basta buscar por qualquer profissional de psicologia. É preciso considerar que você está escolhendo um profissional para criar um vínculo com seu filho, que vai se estender por um período médio ou longo da vida dele, em uma fase crítica. Por isso, é importante que você, pai e mãe, conheçam quem é aquele profissional, quais são as suas opiniões sobre assuntos que vocês consideram imprescindíveis, quais são seus valores profissionais e – ouso dizer – pessoais. 

 

Além disso, dentro da psicologia moderna há muitas abordagens, ou seja, linhas de pensamento e de intervenção que seguem determinados autores e que têm características e pilares próprios. Tratamentos com abordagens diferentes podem ir em direções, literalmente, opostas. Por isso, é importante saber se aquela linha irá direcionar o seu filho para aquilo que você entende como melhor para ele.

 

 Na Clínica Cognitiva, trabalhamos com a TCC, que é a Terapia Cognitivo Comportamental.

 

  • Pilares da intervenção na TCC

 

  • Planejamento de intervenção

 

Após as sessões iniciais, que incluem uma ou mais sessões com os pais e com a criança ou adolescente, o profissional irá construir um planejamento da intervenção que pretende realizar.

 

Nesse plano, estão contidas as metas para o tratamento, ou seja, quais “conquistas terapêuticas” devem existir antes da alta. É isso mesmo: logo que começa a intervenção, o psicólogo da TCC já está olhando para a alta terapêutica. 

 

 Além das metas, são colocadas submetas – quais são os passos que precisam ser dados até a meta – e quais intervenções serão feitas ao longo das sessões para chegar lá. 

 

  • Conduta pré-definida

 

De acordo com a avaliação inicial, o psicólogo terá condições de dizer qual é o melhor modelo de processo terapêutico para aquela família. Por exemplo, combinar qual será a frequência das sessões (semanais, quinzenais, mensais) da criança ou adolescente e dos pais e a modalidade (presencial, online, híbrido).

 

  • Orientação de pais

 

Não existe intervenção com a criança sem intervenção com os pais. Por menor que seja a frequência dos encontros – uma vez por mês, uma vez a cada dois meses – psicólogo e família precisam estar alinhados em relação à intervenção que está sendo desenvolvida. Além disso, a família é, normalmente, o contexto em que os comportamentos desafiadores acontecem, e os pais e cuidadores são aqueles que lidam por mais tempo com a criança e o adolescente, muito mais do que o próprio psicólogo. Assim, se a família está indo em uma direção no trato com as crianças e o psicólogo está indo em outra, é muito difícil que o tratamento tenha o sucesso almejado por ambos. 

 

  • Conclusão

 

Ao procurar por uma intervenção psicológica para o seu filho, é importante que os pais confiem no profissional escolhido e tenham bastante clareza sobre a forma como aquele tratamento será conduzido. Dentro da Terapia Cognitivo Comportamental, os pilares acima descritos são importantes para o sucesso desse empreendimento!