A escola está dentro de casa! Os pais estão exercendo um papel para o qual não foram treinados e os educandos estão se esforçando para aprender de forma mais autônoma.

Para alcançar esta autonomia é necessário que os pais permitam que seus filhos façam as tarefas, errem, consertem, acertem num processo contínuo de tentativas, erros e acertos. Vamos entender que o cérebro é um órgão que atua de forma a gastar menos energia possível. Ele somente se esforçará se isso for necessário.

Por exemplo: seu filho está aprendendo a operação de soma e está armando a conta matemática em seu caderno. Com certeza ele leva tempo para escrever a operação, colocar o primeiro número da primeira linha, o sinal “+” e o segundo número na segunda linha, exatamente embaixo do outro, traçar a linha para o resultado e finalmente, o resultado na terceira linha. Bem, não é só. Agora, ele usará materiais concretos como lápis, palitos ou até mesmo os dedos para executar a soma: 2 + 2 é igual a 4! A criança fará isso várias vezes até aprender. Este processo gasta muita energia cerebral e demanda tempo. Se o adulto que estiver orientando estiver com pressa e resolver facilitar a vida da criança passará a seguinte informação: “Não precisa se esforçar, não precisa gastar energia, existe um caminho mais fácil!” Isso dificultará o processo natural da aprendizagem e o desenvolvimento cerebral.

Existem algumas condições muito importantes para a prontidão escolar: memória, sustentação da atenção, autorregulação emocional, capacidade de adiar recompensas, psicomotricidade etc. Por isso pais, mães, responsáveis pelo apoio educacional de nossas crianças nos tempos atuais, cuidem para estar ao lado, mas não façam as atividades por eles.

Apoiem, mas deixem que eles errem, que façam várias vezes. E quando acertarem, vibrem juntos, afinal: APRENDER É MARAVILHOSO!

Texto por Eline Cancio, Psicologa. CRP: 04/14943

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